A pré-eclâmpsia é o terror de toda gestante, e não é por menos. Afinal, quando não tratada, essa condição representa um sério risco para a saúde da mãe e do bebê.
O porquê de algumas mulheres não desenvolverem a pré-eclâmpsia enquanto outras sim, não é completamente definido, embora se conheça os mecanismos através dos quais ela acontece e quais são os fatores de risco relacionados.
Felizmente ao ser detectada precocemente é possível tratar e prevenir que a pré-eclâmpsia evolua para a eclampsia. Vamos conhecer a partir de agora quais são os riscos e como realizar a prevenção da pré-eclâmpsia.
O QUE É A PRÉ-ECLÂMPSIA
A pré-eclâmpsia é uma complicação da gestação caracterizada por uma resposta imunológica por parte da mãe, à proteínas liberadas na corrente sanguínea pelo feto em desenvolvimento.
Quando essa reação acontece, acaba agredindo as paredes dos vasos sanguíneos e, assim, provoca a vasoconstrição e o aumento da pressão arterial. Ela costuma a se manifestar a partir da 20ª semana de gestação.
São sintomas da Pré-eclâmpsia:
- Convulsões
- Hipertensão
- Edemas
- Ganho exagerado de peso
- Perda de proteínas
- Cefaleias intensas
- Inchaço nas mãos, pés e faces devido à retenção de líquidos
- Dor de barriga e vômitos
- Alterações na visão e zumbidos
Quando não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclampsia que, por sua vez, pode provocar danos neurológicos, parto prematuro, aborto, comprometimento dos pulmões, fígado, rins e até mesmo o óbito.
FATORES DE RISCO
Embora não se possa prever qual mulher vai desenvolver pré-eclâmpsia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) estima que, no Brasil, até 8.1% das gestações sofrem todos os anos com a condição.
Acima de tudo, a incidência esbarra na estimativa mais alta quando se trata de comunidades mais pobres e desassistidas. Por outro lado, cai até menos para 0,2% nas populações com melhor assistência e qualidade de vida, mas o órgão reconhece que os dados são subestimados por falta de informação.
São fatores de risco para o desenvolvimento da condição:
- Hipertensão
- Diabetes
- Primeira gestação
- Obesidade
- Lúpus
- Histórico familiar
- Gestação antes dos 18 e após os 35 anos de idade
- Gestação de gêmeos
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico da pré-eclâmpsia é realizado de acordo com a avaliação do médico a partir da constatação de pressão alta, bem como na manifestação dos sintomas da doença, no histórico clínico da paciente, e nos resultados dos exames solicitados (como de urina e sangue).
Uma vez identificada a pré-eclâmpsia, o tratamento é adotado imediatamente de acordo com a gravidade da condição.
Quando o quadro é leve, o médico receita o aumento de ingestão de líquidos para 2 a 3 litros por dia, a redução do consumo de sal e repouso. Ao manter-se em repouso e/ou dormir a gestante deve se deitar preferencialmente virada para o lado esquerdo, preservando assim uma melhor circulação sanguínea. Durante todo o restante da gestação a pressão da mulher deverá ser acompanhada de perto.
Em quadros mais graves da doença, a gestante é internada para a realização da aplicação de medicamentos anti-hipertensivos. Dependendo do período da gestação e da saúde da mãe é possível que o médico recomende a antecipação do parto.
PREVENÇÂO
Para quem está planejando engravidar, assim como para quem já o está, existem uma série de medidas que podem ser adotadas no intuito de prevenir o desenvolvimento da doença.
Confira quais são:
- Vá à ginecologista antes de engravidar
- Controle do ganho de peso durante a gestação
- A realização do pré-natal e obediência rigorosa das recomendações médicas é essencial
- Realize atividades físicas condizentes com o período da gestação
- Controle rigoroso da pressão arterial
- Adotar uma dieta com pouco sal