Veja quais são e como prevenir as principais doenças do inverno

Veja quais são e como prevenir as principais doenças do inverno. No inverno ocorre aumento da incidência de doenças transmitidas por via respiratória. Nessa estação do ano, as pessoas tendem a ficar em locais mais fechados e menos ventilados, o que favorece a proliferação e transmissão de vírus e bactérias. Além disso, o ar frio e seco característico do inverno, em adição à maior concentração de poluentes no ar favorece a incidência de rinites alérgicas, de sinusites agudas de etiologia alérgica e também de descompensação clínica de quadros de asma.

Dados revelam ainda que os óbitos relacionados com infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC) aumentam no inverno. 

  • Importante que, no inverno, sejam tomados certos cuidados e precauções. O primeiro ponto que precisa ser reforçado é a hidratação. Um adulto, exceto em situações de doenças renais que o contraindique, deve ingerir, inclusive no inverno, uma quantidade entre 2 litros e 2 litros e meio de água diariamente.
  • O uso de umidificadores nos quartos e manter os ambientes mais arejados possíveis também são dicas importantes no cotidiano nesta época do ano.
  • Fundamental também falarmos das vacinas e da importância de mantê-las atualizadas. Vacina contra a Gripe deve ser tomada anualmente para o público alvo indicado, bem como é fundamental completar o esquema vacinal contra o COVID e seguir o calendário da chamada 4ªdose.
  • Pacientes acima de 60 anos e pacientes com algumas doenças como as pulmonares e cardíacas crônicas, doenças renais e hepáticas crônicas, doenças reumatológicas e os imunossuprimidos devem ser vacinados com tipos específicos de vacinas contra o pneumococo (o principal causador de pneumonia) dependendo de cada caso e faixa etária.

Vamos ver a partir de agora quais são as principais doenças do inverno:

Asma

Asma
Mulher com crise de asma usa bombinha

Asma é uma doença inflamatória crônica da via aérea que se caracteriza por limitação variável do fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento; e hiper-responsividade da traqueia e dos brônquios a vários estímulos, manifestando-se por sintomas persistentes ou paroxísticos de sensação de falta de ar, aperto no peito, sibilo (definido com um som “musical” contínuo) e tosse.

Essa condição pode ser desencadeada por agentes como pólen, fumaça de cigarro, fungos, corantes de alimento como a tartarazina, medicamentos como anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico, e vírus como rinovírus, vírus sincicial respiratório e coronavírus.

Rinite alérgica

Homem com rinite alérgica
Homem com rinite alérgica

A rinite alérgica é quadro de inflamação da mucosa nasal desencadeado por agentes como ácaros, fungos, fumaça de cigarro, poluentes e o ar frio e seco. É classificada em alguns subtipos e muitas uma avaliação do otorrinolaringologista é necessária, principalmente nos casos mais graves e persistentes.

Rinofaringite aguda (resfriado comum)

Mulher com resfriado
Mulher resfriada

A rinofaringite (ou resfriado comum) é uma infecção viral benigna, em geral restrita às vias áreas superiores e autolimitada. O rinovírus é responsável pela maioria dos casos em adultos, seguido pelo coronavírus, influenza, parainfluenza, vírus sincicial respiratório e adenovírus.

Os antibióticos não são indicados para o tratamento do resfriado comum, exceto em casos de complicações por infecções bacterianas. O tratamento é feito com sintomáticos como analgésicos ou anti-inflamatórios e a hidratação é de extrema importância.

Sinusite aguda

Mulher com sinusite aguda
Mulher com sinusite aguda

Sinusite é um quadro de inflamação/infecção da mucosa que recobre os seios da face: Os seios da face são os espaços ocos presentes em alguns ossos como maxilares e frontal. A sinusite é considerada aguda quando até 12 semanas de evolução.

As principais causas de sinusite aguda são: alérgica, viral e, na menor parte dos casos, bacteriana, portanto, na parte dos casos de sinusite aguda não está indicado o uso de antibióticos. Entrando em quadros com duração de pelo 10 dias sem melhora, quando há uma melhora clínica inicial com nova piora e quando o quadro de sinusite aguda é acompanhado de mal-estar geral e febre, os antibióticos estão indicados no tratamento.

Gripe

Mulher gripada
Mulher gripada na cama

A gripe é uma doença aguda febril de gravidade variável (podendo ser leve à grave) causada pelo vírus influenza. O quadro caracteriza-se por tosse, dor de garganta, febre geralmente alta (até 40ºC) e pelo menos um dos seguintes sintomas: dor muscular, dores articulares ou dor de cabeça. Coriza abundante e congestão nasal também geralmente.

Nos casos mais graves falta de ar e pneumonia com necessidade de internação hospitalar podem estar presentes. O tratamento é assintomático sendo primordial os cuidados com hidratação, alimentação, manutenção de ambiente ventilado e repouso. Nos casos graves está indicado o uso do antiviral oseltamivir (o Tamiflu®). Fundamental ainda reforçar a importância da vacinação anual contra o vírus influenza, tanto para redução da incidência bem como para redução dos casos graves.

COVID

Mulher com covid
Mulher com covid

COVID é um termo em inglês que significa coronavírus disease. Trata-se de um quadro gripal causado pelo coronavírus SARS-CoV 2. O quadro cursa com febre alta (geralmente igual ou maior que 39ªC), prostração, perda de apetite, congestão nasal e coriza podendo estar presentes ainda, dor de cabeça, dor de garganta, dores articulares, dores musculares, sintomas gastrointestinais como diarreia e também perda de olfato e paladar. Nos casos mais graves pode ocorrer falta de ar e necessidade de internação hospitalar.

Fundamental para a diminuição da incidência da doença e também para a diminuição dos casos graves a manutenção, em dia, do esquema vacinal contra o coronavírus. Recentemente o Ministério da Saúde incorporou três medicamentos de uso oral contra a COVID, destinado para paciente internados com necessidade de uso de oxigênio suplementar e para aqueles que apresentam maior risco de evolução para quadros graves (principalmente idosos com doenças crônicas), o Baricitinibe e Nirmatrelvir em combinação Ritonavir respectivamente.

Pneumonia

Pneumonia
Médico observa raio x de pulmão

A pneumonia é uma infecção aguda do parênquima hepático cuja o principal agente causador é uma bactéria, o pneumococo. Idade acima de 60 anos e imunossupressão são fatores que aumentam o risco de se contrair a doença. A pneumonia é umas das principais causas de hospitalização em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI’s) em nosso país.

O paciente apresenta geralmente febre, mal-estar, perda de apetite, tosse com secreção e aumento da frequência respiratória. Importante salientar que febre está quase sempre, ausente nos idosos e é comum que esses pacientes, além de tosse com secreção e aumento da frequência respiratória apresentem sintomas e sinais inespecíficos tais como confusão mental aguda e piora de doenças crônicas pré-existentes tais como insuficiência cardíaca e renal.

Ao apresentar sintomas persistentes, procure o atendimento médico.

 

Fontes:

Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, Bruce B. Duncan et al. Artmed, 4ª edição.

SBIM: Sociedade Brasileiras de Imunização

Ministério da Saúde

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